quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SIMBOLOGIA DO PROJECTO: CRÓNICAS DE UM LABIRINTO

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Projecto: Cronicas de um Labirinto
Julho 2008 a 2009



SIMBOLOGIA:
Transformar vivências e emoções através das cores, levando a um jogo de tons que uma vida pode ter, complementado por um labirinto de troncos, fazendo a ligação à própria vida.

AS CORES NA VIDA
É um facto que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Em cada segundo o mundo muda e é ambicionada uma história com tons felizes. A ligação entre emoções e cores, através de cores estimulantes, alegres, optimistas, drásticas, serenas ou até mesmo de horror, gira em volta de sentimentos e fazes da vida, representados emocionalmente e assim transpostos para a tela.
Cada cor é descobrir um cheiro novo, um movimento entre relações, um simbolismo de amizades ou de ódios nos caminhos de trilhos e de atalhos que cada vida tem.

A ESSÊNCIA DA SALADEIRA
Se, em sentido figurado, misturarmos numa saladeira determinadas emoções e sentimentos e adicionarmos um conjunto de cores a fazer de “SAL e PIMENTA”, obtemos um autêntico fogo-de-artifício, colorido e intenso e se voltarmos a mexer ou a sacudir a saladeira, novas cores e sentimentos surgirão, dando origem a novas linhas de vida.

O LABIRINTO QUE A VIDA É…!
A fórmula “LABIRINTO” nos troncos representados nas pinturas, leva a escolher um sem fim de nadas ou então de tudo, rodeado de significados e sentidos de infinidade, tanto no prazer como no sofrimento ou na abordagem a caminhos de orientação.

O CAMINHO DE TRONCOS
O efeito dos troncos é perceber que de paixão em paixão, de amigo em amigo ou de conhecido em conhecido é justificar um olhar em volta e fazer uma conexão entre pessoas e ligar um caminho ao outro, realizando um baile de cores numa dança de troncos, desejando que seja mais uma esquina, mais uma curva na vida de cada pessoa nos caminhos de um labirinto de emoções na escolha possível para o presente, piscando o olho a um futuro o mais prolongado possível.
Cada tronco é uma partícula de momentos que se vive e que se gosta de partilhar, seja qual for a direcção.

EXEMPLO EM TRÊS VERTENTES NA ESCOLHA DAS CORES, COM UMA BASE EMOCIONAL

1º Quando a vida não tenha volta a dar, por mais que se tente, é tempo de parar e reflectir nos caminhos da incerteza e dar-lhe uma nova direcção.
A ESCOLHA DAS CORES: CINZENTO reflectindo a depressão, BEIJE a melancolia e ROXO a tristeza.

2º Caminho de grandes trabalhos pela frente, esperando uma recompensa pelas dificuldades e pelo esforço dispendido no enfrentar do dia.
A ESCOLHA DAS CORES: AZUL-ESCURO reflectindo o ideal do sonho, VERDE a esperança e o AMARELO o Optimismo.

3º Colher as pérolas semeadas e tudo se transformar em real, caminhos exemplares, com um sentido quase perfeito.
A ESCOLHA DAS CORES: CASTANHO reflectindo a estabilidade, DOURADO o majestoso e o BRANCO a paz.

HARMONIA COM O PROJECTO

Neste projecto a minha intenção é provocar um elo de ligação entre emoções e cores.
“CRONICAS DE UM LABIRINTO”, no fundo é tentar criar uma pequena manifestação em redor das pinturas, proporcionar-me uma energia renovada, com um passo profundo para um conceito artístico decorativo e popular, encontrando canais e vias de harmonia essenciais.

- Este projecto volta a ter a colaboração da Professora de artes plásticas, Vera Bettencourt, com as aulas de pintura na Escola das Belas Artes da Galeria Pedro Serrenho.

Tó Luís 2008

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO I - Janelas do Ideal do Sonho... - 100 x 70 - 2008 - 400.00€

Janelas do Ideal do Sonho Numa Paixão Inocente

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO II - O Milagre do Velho Sábio - 130 x 70 - 2008 - 500.00€

O Milagre do Velho Sábio

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO III - A ESPERANÇA MISTERIOSA - 90 x 90 - 2008 - 450.00€

A Esperança Misteriosa

A pintura “A Esperança Misteriosa”, recupera a vivência de outros tempos com as emoções vividas dentro de um contexto associado às cores e seus significados, neste caso a “ cor Preta”, na ligação dos “troncos”, como simbolismo da vida e a “cor Verde”, o lado tradicional da esperança.
Em cada dia, em cada momento ou espaço, as cores movimentam-se ferozmente no lado emocional das pessoas e esta pintura “A Esperança Misteriosa”, não foge a essa regra imposta para este projecto.
Esta pintura é um caminho de esperança silenciosa envolvendo um mistério de prazer entre relações na abordagem a possíveis caminhos, podendo ser algo de complicado e de risco mas no fundo o projecto “Crónicas de um Labirinto”, exprime o intricado labirinto da vida pelas voltas que ela dá, muitas vezes sem um rumo certo, pois apesar de termos um sentido de orientação a cada esquina algo de novo pode surgir...

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO IV - Encontro Ocasional com o Sr. Roxo - 100 x 80 - 2008 - 450.00€

Encontro Ocasional com o Sr. Roxo

Dentro de um contexto físico e espiritual este projecto, “Crónicas de um Labirinto”, vagueia por locais, pessoas e situações emocionais actuais ou de águas passadas, não fugindo a linhas definidas na construção de momentos reais.
A pintura “ENCONTRO OCASIONAL COM O SR. ROXO”, pretende abraçar trinta anos de amizade, recuperar memorias da adolescência como as traquinices desse tempo em que os anos demoravam a passar mas, que ao fim ao acabo significa terem passado trinta anos.
Eu e o meu amigo Roxo, que conheci com os meus doze anos, levámos uma amizade de aprendizagem e de crescimento até aos vinte anos, quando as circunstâncias da vida se encarregaram de nos separar e de seguirmos os parâmetros normais de uma família e de uma carreira profissional fora do país, que foi o caso do Roxo.
Neste encontro ocasional com o Roxo recuperamos vivencias juntas e as brincadeiras que fizemos tais como os balões de água que enviávamos às pessoas que passavam, e de quem rapidamente fugíamos, até ao célebre, “pecado” do roubo da caixa com sacos de leite que deixou vestígios no chão pelos quais fomos apanhados de surpresa. Estas duas peripécias fazem parte de um passado agora retratado nesta pintura.
O negócio da arte é, segundo o Roxo, comprar memórias dos outros tendo ficado combinado que nem eu nem ele ficaríamos com esta pintura.
O Roxo tem a opinião que as memórias se vendem ao que respondi que a possível venda desta pintura era para poder construir novas memórias nas telas.
“Dedico esta pintura não só ao meu amigo Roxo mas também a todas as pessoas que têm verdadeiras amizades de longos anos ou de pequenos dias”
Até sempre ROXO.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO V - O Menino do Chocolate Derretido - 130 x 70 - 2008 - 500.00€

O Menino do Chocolate Derretido

Quem não é guloso?
Quem resiste a um bom chocolate?...Eu não definitivamente.
Conheço pessoas que comem chocolates quase todos os dias e também conheço pessoas que nem por isso, mas a quem ocasionalmente vem á lembrança que até era gostoso nesse instante ter um chocolatinho á mão.
Esta história começa com uma criança, de apenas quatro anos, ter uma enorme atracção por um doce chamado “chocolate”.
Por mero acaso essa criança descobriu essa mesma guloseima no fundo duma gaveta há bastante tempo, com o inconveniente da gaveta apanhar calor pelo que o chocolate não estava em condições próprias para um consumo imediato porque em vez de um chocolate rijo este se encontrava completamente derretido, e foi assim que a criança se encontrou com esse grande prazer que é o chocolate.
Resumo da história: depois do chocolate bem comido essa criança tinha-se transformado numa, criança “mousse de chocolate”, bem sujinha nas mãos, cara e roupa e também naquele dia o chão se tornou adocicado.
Essa criança deixou um rasto de chocolate por onde passou ao ponto de ser-lhe impossível esconder-se, pois qualquer pessoa daria com ela.
Esta pintura retrata um momento verdadeiramente doce e de uma infância marcada pelas guloseimas que são hoje ainda um grande prazer dessa pessoa e de muitas outras.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VI - A Chave do Jardim - 120 x 80 - 2008 - 650.00€

A Chave do Jardim

É natural afirmar que há sempre uma cidade preferida, mas também é certo que há sempre um jardim que nos liga das mais variadas formas.
Esta pintura tem precisamente um simbolismo nesse sentido, algo que nasceu e que se solidificou mais tarde, e que se movimentou para o resto da vida criando sentimentos fortalecidos por uma amizade ou por uma paixão, tudo isto ao sabor de uma natureza activa, rodeada de histórias passadas ou de sonhos para o futuro.
Um jardim é algo que nos ultrapassa e nos leva para uma intimidade sem limites seja nas conversas ou abraços de pessoas que adoramos, enfim numa
natureza real onde as emoções têm um sabor fresco e descontraído.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VII - Olha para ti e Diz-me o que Vês - 100 x 100 - 2008 - 700.00€

Olha para ti e Diz-me o que Vês

Se olhares ao teu redor serás capaz de perceber que o hoje é somente o que se vive. Quem és tu?
O que eu proponho com esta pintura é um olhar interior, olharmo-nos num espelho e vermos a nossa imagem mas em vez da exterior, a interior…
Li um texto em que a autora propunha que todas as pessoas deveriam buscar dentro de si um "projecto oculto", ou seja, aquela mudança que nos faria mais felizes, e que ela afirma estar dentro de nós. Só falta ir ao encontro dele. De facto, todos nós passamos a vida fazendo buscas, cada um a sua, ou cada um com vários tipos de busca, seja na estabilidade financeira ou na realização profissional, Também há aqueles que preferem ter a convivência de suas famílias, e acabam abrindo mão de algumas lutas, ou de alguns sonhos. E também chega um dia... O que eu deixei de realizar? Todos nós escolhemos um caminho, e vamos seguindo, seguindo e seguindo até que vem a questão, o que já realizamos de bom? Será que e um dia, sentem que falta algo? O que ficou para trás? Nada? Impossível! Não podemos abraçar o mundo com as mãos. Nem sempre podemos alcançar tudo o que queremos e quando queremos. Não digo que não devamos buscar a realização de sonhos. Não! Sonhos são um incentivo para que caminhemos e busquemos o novo para nós.
“Recuando no tempo há 2 anos atrás “
Uma manhã como tantas outras, caminhava eu pela Av. Roma em Lisboa, em direção ao meu emprego quando presenciei um suicídio. Alguém que aparentava andar na casa dos 50 anos, saltou dum 6º andar e caiu uns 5 ou 6 metros á minha frente. Foi fulminante, fiquei paralisado, nem sei bem porquê. A única explicação para a minha reação foi a palavra “choque”, e perguntei-me: que força interior pode levar a um acto assim, qual a dimensão de um sentimento, qual o impulso para tal passo? A vingança do suicida é a maior de todas, porque ninguém pode discutir com um morto, sobre esse grito, calado, não dialogado”, interessante não é…Uma das observações que devíamos fazer a nós próprios ao acordar de manha era uma auto-questão, a razão da nossa passagem por este mundo e murmuramos em silêncio (Sorri mesmo que seja um sorriso triste, porque por mais triste que um sorriso “ triste” é a tristeza de não saber sorrir.), li isto algures!...e quem sabe se não é um estimulo para o resto do dia, sorrir faz bem…
Esta pintura tem como simbologia aquilo que na maioria do tempo fazemos, que é , não olharmos para dentro de nós e não questionamos as nossas fraquezas e defeitos.
A vontade de acabar com um problema que muito incomoda, não é vontade de morrer e sim vontade de estar livre de tudo que o incomoda. A vontade de mudar o contexto da própria vida e não conseguir, “se não se puder destacar pelo talento que se vença pelo esforço."Dave Weinbaum

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VIII - Adão e Eva e a Idade do Sexo - 100 x 100 - 2009 - 550.00€

Adão & Eva e a Idade do Sexo
1 - A Arvore, a Fruta, a Serpente e duas pessoas
Pelos valores tradicionais a relação entre duas pessoas rege-se por princípios básicos, o amor, o casamento e os filhos a crescerem, bla, bla, bla. Bem, tudo isto é muito simples mas a realidade pode ser outra…
O pecado original foi cometido e introduzido na terra por Adão, induzido pela serpente no Jardim do Éden. O estímulo da serpente fez com que Eva sugerisse a Adão que também provasse do fruto proibido, o qual foi colhido da árvore do conhecimento.
Entendemos, então, que Adão simboliza o momento em que os homens primitivos iniciam o conhecimento da diferença entre o certo e o errado, passando a ter condições de optar pelo caminho que preferem seguir. É aí que o homem se torna Homem e deixa de ser selvagem e passa a ser…selvagem.
2 - O Adão & Eva contemporâneos
Num certo dia Adão acordou nu sobre uma cama, logo identificou que não se tratava do paraíso mas sim dum resort. Procurou na cama algo macio e quente e sorriu, e naquele instante Eva teve o mesmo pensamento e a mesma reacção; ambos tiveram a “conexão” perfeita. Foi então que ele viu pela primeira vez uma serpente de pé e olhando para ele; isso foi irresistível, acabou encantando a serpente e comendo a tenra maçã.
Nosso Adão contemporâneo acordou em sua cama, em seu apartamento, viu que tudo não havia passado de um sonho, estava atrasado, nessas horas o mais difícil é conseguir ir correndo para o trabalho, o trânsito não perdoa. Só pensou alto...
- Ah! Estava tão bom naquele Paraíso, quero voltar logo! Este despertar não era um castigo pelo pecado, mas sim uma continuação do plano, com o qual Adão e Eva se tinham voluntariamente comprometido. O Raio da serpente que é intemporal, a serpente que simboliza as nossas fraquezas morais e o apego material, encontra-se dentro de cada ser humano e é extremamente sedutora, faz com que inúmeras justificativas sejam criadas para que se cumpra o desejo de satisfação das mais vis paixões, essa serpente de desejos que nos consome intimamente. É a vida não mais do que isso a própria vida, vivida carregada de consumismo emocional.
3 – A Pintura
Seguindo a simbologia do projecto “Crónicas de um Labirinto”, onde os troncos são a simbologia da vida, Adão & Eva, aqui são representados pelas cores tradicionais masculino (Azul) e no feminino o (Rosa).
A Árvore com as folhas, naturalmente simboliza o paraíso, onde as maças verdes e as maças amarelas significam respectivamente a tenra idade e a mais madura. A Serpente introduzida na fruta do meio dá ao pecado original toda a envolvência das personagens.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO IX - Prima-Vera e o Baile da Alegria - 80 x 100 - 2009

COLECÇÃO PARTICULAR
Prima-Vera e o Baile da Alegria

A Prima-Vera

Um dia ao entrar na escola de pintura, fiquei na sala de espera aguardando alguém que se dirigisse a mim para uma breve apresentação e, para meu espanto, quando esperava por uma pessoa madura, aparece uma cara jovem e sorridente a dizer-me que era a professora…ok!
Sorri…a minha experiência diz-me que o profissionalismo não está na idade mas sim na capacidade de empenho.
Vamos nessa!...Vera Bettencourt!

As aulas seguintes tornaram-se momentos de grande interesse e de crescimento artístico e foi com essa base que cheguei a esta pintura, “Prima-Vera e o Baile da Alegria”, para divulgar um olhar sobre uma pessoa, dizer que esta pessoa formada em Belas-Artes tem uma personalidade forte e bastante sensibilidade que transportam um infinito de emoções para a tela.

O Baile da alegria

A minha escolha como motivação para dar sequência ao projecto “Crónicas de um labirinto”, recaiu desta vez numa pessoa da actualidade, a minha amiga, Vera.
Com esta pintura segui as normas impostas por mim, que é os troncos significarem a “VIDA” e as “CORES” a simbologia da parte emocional.

Esta minha pintura diria que é uma nuvem de alegria e de bem-estar, é um sorriso de contentamento a pensar na pessoa a quem eu a dedico.
Os troncos como simbologia da vida são os diferentes caminhos percorridos, intercalados por verdura vasta que significa a alegria e a esperança.
Os pássaros são a minha homenagens às personagens criadas pela Vera nas suas obras, é uma família de pássaros dançando na Primavera, selando a união entre criaturas de diferentes espécies criadas pela Vera.

As obras da Vera na minha fase conhecedora.

Todas as criaturas dos seus contos estão envolvidas num manto de comédia, com narração salpicada de perguntas e de respostas por parte de animais e insectos, onde a base sentimental é, na minha opinião, a inocência e o atrevimento por parte das personagens criadas na tela que se transformam numa empatia sem rodeios, com grande capacidade de divertimento.
Para mim, estes contos transportados para a tela cativam-me pelo seu conteúdo emocional que sem dúvida é a base fundamental da artista ao dar emoção às pinturas com histórias de razões e contradições.
Esta minha amiga dá vida às suas obras.

Ser Artista, algures por cima do Arco-Íris.

A ambição e o empenho não tem limites e, desde que a abordagem seja a mais honesta, podemos tirar todo o proveito e o máximo dividendo que são uma mais-valia para qualquer pessoa
Naturalmente o ser humano não vive só e para a construção de algo em que se acredita é necessário também o empenho de outros. Não é clicar os dedos e já está! Tudo tem princípios de aprendizagem e bases como uma personalidade forte, simpatia e respeito que se juntam num rumo dirigido ao reforço da vontade de fazer mais e melhor, tal como diz a “velha” canção do filme “O Feiticeiro do Oz”…”Somewhere over the rainbow”, algures por cima do Arco-Íris está uma nova ideia para uma futura pintura.
Há que acreditar e a Vera, acredita, pois qualquer um pode pintar quadros, mas só pintores podem transformá-la em sentimentos vivos, porque os melhores trabalhos são feitos por quem tem amor pelo que faz, e a satisfação dá mais um estímulo para pintar não só um quadro, mas o quadro ideal.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO X - Amor Imperfeito & Amor Belo - 90 x 90 - 2009

COLECÇÃO PARTICULAR
Amor Imperfeito & Amor Belo

“Pintura baseada num Livro”

A Pintura:
A finalidade das folhas “vermelhas”, é o sentimento de um “Amor Imperfeito”, naturalmente discutível.
O significado das folhas “verdes”, é a intensidade de um “Amor Belo”, da mesma forma também discutível, pois mesmo belo também faz doer com dor profunda.
A forma puzzle da pintura é precisamente algo que ficou incompleto.

Palavras do Livro…capitulo 17

-Senti que tinha de acabar a pintura rapidamente, foi como um desabafo na tentativa de me libertar e aconteceu o inverso, a pintura trouxe-me bem para o profundo da dor o que já sabia que iria acontecer, mas tentei na mesma e saí furado.
Não se podem apagar memórias quentes e únicas, não se pode apagar aquilo que não se quer apagar, não se pode apagar aquilo que se deseja.
A verdade é que passei a ser a pessoa que se quer ver pelas costas que era a imagem real do momento maravilhoso mas que se afundou num inferno de rejeição, como quem diz, “Fica aí, que é aí a tua vida”, não é bem assim! Respondo eu: A vida é minha, quem comanda o meu pensamento é a minha vontade é o meu querer, é a minha alma.
Eu não contei tudo, há um segredo maior que eu não exprimi porque a vontade de outra pessoa foi determinante nesse segredo na minha vida passada. Prometi a outra pessoa que não divulgaria o segredo maior, apenas dizer aqui, e neste instante que a outra pessoa é conivente com a minha vida passada, naquilo em que me fui envolvendo.
É engraçado que apesar de se amar intensamente uma pessoa não se lhe pôde contar o verdadeiro segredo, os verdadeiros motivos porque me deixei envolver com essa mesma pessoa.
Não lhe podia contar, mas esteve quase…nestes últimos dias.
Havia e há um segredo maior por divulgar, e não o pude contar-lhe…

-Ajuda-me…
Silêncio se fez… É triste murmuro, eu! A dor mantém! Não sou tão forte assim, não sou como tu!! Volta, volta, volta…volta sempre minha MIÚDA!

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XI - O Sabor da Mónica - 90 x 90 - 2009 -600.00€

Crónicas de um Labirinto XI - “O Sabor da Mónica”

O texto para esta pintura é baseado no livro (Como matar a solidão), final do capitulo 5, meio do capitulo 18 e final do livro.

A Saudade…do aconchego do peito
Há memórias que ficam para trás, e é irremediável, não porque percam a “ocasião”, isto é, já não vêm a propósito e não é mais que uma minha estupidez armada em razão, apenas perdeu a intensidade, as palavras vão-se diluindo no tempo. Existe dois patamares do passado, um que é o da recordação, que tem gravado nele a saudade intensa dos momentos de felicidade, e o patamar das memórias, que são apenas segundos passageiros, como um disparo dum flash de uma máquina fotográfica, através do qual a imagem vem, dá um calor, um suor, e depressa vai, porque tem mesmo de ir. É certo que o coração foi feito para ser quebrado, só espero que um dia que te lembres que adormecias no meu peito, no meu peito que ainda tem o teu cheiro.

A Viagem…não sei para onde…
Havia que tomar uma decisão, correcta ou não, se faria o telefonema ou se apenas abortava a decisão. Tinha de ser de impacto, senão poderia começar a hesitar e aí, não iniciava o caminho da viagem, uma viragem com dor, mas que era uma oportunidade de dizer a mim próprio que quero esquecer independentemente dos caminhos que possa percorrer no futuro, sejam os mais correctos ou não, mas de facto (isso só o resto da vida é que pode dizer e sinceramente,) há momentos nesta vida em que não se pensa no amanhã. Há pessoas que não vão compreender esta minha decisão, pois não sabem os verdadeiros motivos deste meu grito.A tentar descontraír bebi um sumo frio e comi duas fatias de pizza, a segunda mal comida, mas nem adiantava; assim, instalei-me no meu carro e liguei mesmo, tendo acabado por marcar um encontro para dentro de dez minutos ir ver alguém numa morada, indicada por uma voz deturpada pelo sotaque de alguém não português.
A minha relação com o sexo feminino nos últimos anos, fez de mim um homem mais maduro na maneira de sentir emocionalmente o poder da mente sobre o corpo e, por isso mesmo, pensar em fazer sexo com alguém que não conhecia aterrorizava-me; é complicado o fazer sem sentir algo antes, sem estar mentalmente confortável para aquela situação porque sempre fui algo mecanizado, chegar, tirar a roupa e tocar logo seguida no corpo, mas um corpo estranho inibia-me. Estava a morrer de medo, não porque pudesse acontecer qualquer coisa de ruim, era apenas uma sensação que tinha de o fazer para me libertar, precisava de correr riscos, e certamente não era pelo sexo, a verdade era essa, era mais pela liberdade espiritual de poder falar com alguém do meu problema, com alguém que não conheço, com alguém que me ouvisse. Liguei-lhe mais uma vez porque tinha perdido a morada e quando finalmente encontrei o edifício, não me lembrava em que piso se situava nem de que lado era. Quando cheguei à porta de entrada, ela viu-me pela câmara instalada na parede, abriu-me a porta pelo o automático, entrei e optei por subir as escadas apesar de ter elevador. Não havia retrocesso possível e lá fui subindo devagar pois o meu coração cada vez batia com mais força, sentia-me cansado em todos os aspectos, mas fui subindo até sentir algum barulho que revelasse alguém atrás de uma porta e, chegado a um certo patamar senti alguém de dentro de um apartamento a tocar na porta, que se abriu lentamente e donde espreitou uma cara morena e sorridente; ainda reflecti se era mesmo ali o meu contacto, olhei timidamente para a face dela e uma voz suave e se calhar também assustada convidou-me a entrar. Entrei, apresentei-me, e ela fez o mesmo, olhei de relançe para o corpo dela, vi que estava em langerie de cor preta, abriu-me uma outra porta e convidou-me a entrar para um quarto, um quarto vazio, apenas com um colchão no chão com duas almofadas e com dois tapetes de lado, os faziam conjunto com a colcha. Conversámos um pouco, falei que precisava de esquecer algo do meu passado, que esse motivo estava-me a atormentar físicamente e mentalmente. Ela tranquilamente, acenando com a cabeça disse-me apenas, “tudo bem, relaxa” O meu pouco á vontade continuou. Pouco tempo depois estávamos nús agarrados, confessei-lhe que nunca tinha visto uns peitos tão grandes, ela respondeu, que eu as podia tocar e que as beijasse, assim o fiz lentamente, tentei gozar, que seria o proposito de qualquer homem naquele instante. Além do incómodo da camisinha entrando no meu sexo era o desconforto que a situação em si me trazia para ter uma ereção naquele momento sem mais nem menos. Quando começamos demorei pouco tempo a gozar, o meu estado emocional fez com que a pouca exitação parasse. Nem preciso de afirmar que não cheguei a gozar nada, achei que meu coração ia parar. Aos poucos fui-me restabelecendo dizendo-lhe que preferia conversar, era essa a chave da minha ida aquele lugar, e assim que me consegui descontraír começei a falar do meu problema com palavras soltas e sinceras, mas estranhas para aquela mulher, numa situação em que também ela acabou por passar por uma experiência de grande conforto. Fez-se luz naquele quarto, empatia ao primeiro encontro, conforto emocional. Ela é uma mulher simples, talvez a sua simplicidade seja o seu maior trunfo, posteriormente disse-me várias vezes que quando quizesse telefonar-lhe de novo que o fizesse, a verdade é que eu lhe disse que o faria mais uma vez. Tudo indica que aquele apartamento serve apenas para este trabalho e eu uma ferramenta desse mesmo trabalho, assim o percebi, quando ela me disse esta frase, “nós aqui trabalhamos até ás 23h”. Rapidamente saí, dando-lhe um beijo na testa dizendo-lhe, “Deus te abençoe”, como forma de agradecer, foi uma despedida muito sentida para ambos, ela entendeu que eu não era uma pessoa qualquer, ficou muito surpreendida por tudo o que conversamos porque afinal o “prazer” foi outro, olhando para mim muito serena, despedindo-se com um, “Vai com Deus”. Não soube a idade dela ou até mesmo o nome não sei se é o verdadeiro mas isso sinceramente pouco ou nada interessa, o conforto espiritual que me transmitiu e a minha vontade em esquecer o passado foi determinante, era o sabor da Mónica, sou um homem do mundo e ela é uma mulher do universo…

Dias depois…
Quando na vida se sente que se foi desprezado por alguém em quem se depositou a alma é um castigo sem fim, um castigo sem limites, uma experiência que se cai no vazio, sente-se medo de ficar só, sentia-me a degradar a passos largos, a nossa sombra passa a ser a solidão. O meu segundo encontro com a Mónica aconteceu cinco dias depois e as razões desse encontro foram as mesmas, precisava de falar um pouco de mim, necessitava de dar continuidade á minha conversa a quando da primeira visita, dizer algo que só a ela o poderia dizer, ansiava por respirar novamente a oportunidade de estar com ela e que desta vez íamo-nos conhecer melhor, tinha-lhe de fazer delicadamente algumas perguntas. Nessa noite eu estava bastante sensível, a melancolia habitual dos últimos dias, precisava de ter um carinho diferente e não sei se ela compreenderia essa minha necessidade. Cheguei, e desta vez não me perdi, tinha telefonado do mesmo local anterior e atendeu uma outra pessoa, fiquei com a sensação que estariam várias pessoas no apartamento e que possivelmente não daria para a visitar, até pela hora tardia. Perguntei pela Mónica e ouvi do outro lado, alguém a chamar, uns segundos depois quando me estava a identificar ela reconheceu-me de imediato, perguntei se a podia visitar e logo repentinamente, “claro que pode”. Dez minutos depois estava a tomar um duche, tinha-lhe dito que precisava de ter água no meu corpo para limpar o stress de um dia chato de trabalho. A Mónica desta vez estava acompanhada de uma amiga, também ela com alguém, pessoas estas que não cheguei a ver, apenas só vozes. Em conversa com a Mónica, ela disse-me que eu podia também ter um encontro com a amiga, era uma questão de escolha. Respondi que não, que a minha preferência era só ela…Timidamente deitei-me, estávamos nus, e a meio de uma tentativa de um pouco de prazer falhado, tive a relação desejada, estava muito vulnerável, debrucei-me sobre ela e abracei-a, encostando o meu peito aos grandes peitos dela, foi um abraço intenso e apertado da minha parte, durante esse abraço murmurei esta frase: “mais vale este abraço de aconchego do que tanta coisa”, ela concordou e de seguida apertou-me também. Amei, este abraço, tínhamos dado um passo naquele instante para algo mais íntimo, aquilo a que eu chamo de liberdade espiritual. A Mónica ficou sensibilizada com este afecto e de seguida contou-me um pouco da sua vida, que tinha uma filha de 11 anos e que persegue um objectivo na vida, que ainda não o tinha conseguido mas que o deseja arduamente há 16 meses. Eu disse-lhe apenas que a “sorte” não chega, que deve de lutar por aquilo que acredita. Sexualmente, novamente um desastre, nem me importei com isso, por não ter tido sexo com a Mónica das duas vezes que estivemos juntos, isso na realidade não era a questão central para mim, não estou a procurar nenhuma relação ao sexo nem a minha alma procura qualquer tipo de salvação, pois essa já não a tenho há muito, o que procuro é um abraço, um abraço que eu perdi…

Não devemos julgar as pessoas todas da mesma maneira, nunca se sabe o que vai dentro de cada alma e as suas necessidades, porque no fundo mais vale algo simbólico mas com grande significado emocional do que algo que possivelmente á partida poderia ter uma importância maior mas que no presente não é uma prioridade da vida de uma pessoa. Amar e não ser amado é terrível, considero que é dos piores momentos da vida do ser humano…pode-se ter muita gente à volta, mas a solidão anda em cada esquina…

Tó Luís
2009

A EVOLUÇÃO DA PINTURA…

Durante três meses a pintura “O Sabor da Mónica”, foi evoluíndo até chegar ao ponto final; teve um crescimento atribulado pelo meio com a execução de outras pinturas da série: REFLEXOS, mas chegou finalmente a bom porto com o trabalho realizado.
É altura de dar a explicação, o que é verdadeiramente esta obra e qual o seu significado.

Enquanto lia o livro “Como matar a solidão”, fui criando imagens que transportei para a tela, fiquei sensibilizado pela história retratada e escolhi algumas dessas passagens do livro para retratar na pintura “O Sabor da Mónica”, finalizando com um texto por mim escrito com uma opinião curta e pessoal.

A PINTURA…

O ser humano tem uma liberdade restrita para escolher o seu rumo na vida mas tem no seu pensamento liberdade ilimitada para sonhar caminhos.
As Borboletas criadas na pintura são precisamente essa liberdade do pensamento, o da personagem “Mónica”, andar a seguir um objectivo de vida, um caminho a percorrer, momento esse que está retratado nas borboletas que saem do sexo feminino que se encontra a meio da pintura.

As grades, significam, não uma prisão, mas sim algo em que a personagem Masculina está presa mas que encontrou uma saída espiritual no encontro com a “Mónica”.
Libertando as necessidades espirituais temos o de poder de falar com alguém sobre o seu sofrimento embora esse alguém nem sempre seja quem se conhece.

As Folhas com os tons, Roxos, Brancos e Pretos, que são o fundo da pintura retratam todo o ambiente estranho, emotivo e bastante vivido pelo personagem masculina a quando da visita ao mundo da “Mónica”.
A cor “Preta” na solidão sentida, o “Branco” na pureza da relação e o “Roxo”, na envolvência do lado sonhador da vida.

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XII - Olhos Vermelhos - 140 x 60 - 2009 - 550.00€

Crónicas de um Labirinto X (Olhos Vermelhos)

Os incêndios não perdoam. Varrem tudo o que aparece pela frente, casas, vidas e a esperança de recomeçar. Existem mesmo alturas em que até o ferro e o asfalto parecem derreter.
As chamas arrastam lágrimas e sofrimento um pouco por todo o lado, demónios em chamas andam rapidamente e provocam grandes prejuízos, na perda de vidas e ambiente, causando danos na fauna, na flora, e com consequências económicas consideráveis.
A maior parte dos incêndios é por negligência humana nos diversos comportamentos de risco e as altas temperaturas com o ar seco ajudam o demónio a espalhar o terror.
As medidas sérias de combate a este flagelo demoram a chegar e corre-se o risco de o cidadão comum começar a tornar-se indiferente a este tipo de notícia uma vez que em regra não se sente atingido directamente pelas consequências dos incêndios
Há que pensar nos incêndios em geral como desastres ambientais graves que contribuem para aquecer a atmosfera e colocar em risco toda a vida na terra.
Cada vez mais há notícias preocupantes sobre grandes massas geladas que estão em processo de fusão nos pólos devido ao aquecimento global e que podem provocar alagamento nas regiões ribeirinhas em grandes partes do mundo.
A questão é demasiado séria para passar ao lado de cada humano e ainda por cima calcula-se que 98% dos incêndios são de origem não natural o que é apenas um passo para estes olhos vermelhos se alastrarem.

Tó Luís

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XIII - Uma Jóia, Um Demónio e uma Esperança - 100 x 100 - 2010 - 500.00€

“Uma Jóia, Um Demónio e uma Esperança”

A JÓIA…

Encostei a minha boca ao seu ouvido e murmurei:
“Fiz tanta coisa para não depender de ti e no final acabei por depender de ti…”

(Um tempo antes…)

Aprendi a estudar expressões, aprendi a olhar as pessoas e tentar sentir se estão firmes ou se a instabilidade tomou conta da pessoa.
A “Jóia” amava provocar-me com gestos, sabia que eu não aguentava ficar mudo.
Há expressões que não enganam por muito disfarce com que se tente iludir e aí eu descodificava tais enganos.
Com esta, “Jóia” abriu-se uma porta de inquietações, uma verdadeira delicia facial, uma floresta de olhares e de movimentos e foi aí que tudo aconteceu…um brilho expressivo penetrou em mim, como um raio cintilante, como uma faca que me ia ferir e me empurrar contra a parede.
Falar da “Jóia” é falar da vida, do ar que respirei, do amor que senti, do afecto que dei, e da mão que ofereci sem pedir nada em troca, sem cobrar qualquer retorno. A “Jóia” era o sonho mais lindo, a luz de um corpo, a verdura de uma alma, um sabor viciante e único, uma oferenda de calor e de prazer…um Mundo dentro de um outro Mundo…um Mundo que era o meu.

O DEMÓNIO…

(Um tempo depois…)

Os demónios costumam ter olhos pretos mas este demónio tinha olhos verdes…Mais matreiro e com frieza mortal nos actos…o lado expressivo multifacetado, transformado…o pacto com que?… tanta insegurança, a traição, o desejo proibido…a magia obscura, a reza em estatuas de barro e gritei:

“Não quero jogar mais o teu jogo do desprezo, ele faz doer e muito”

A expressão gélida, de um Demónio instável, inconstante e frio de coração.
Gritei novamente:

”Deste-me tudo o que tinhas, eu não quis nada, e nem te perguntas porquê?”

Sabia bem que este Demónio se escondia dentro dele próprio e as palavras frias que lançava eram setas gélidas que me cegavam e incutiam medo num constante crescente
Gritei de novo!...

“Passamos a vida a ferir-nos uns aos outros e a ver quem magoa mais e como…”

Como se isso fosse importante aos olhos de um Demónio que mastiga beijos e os cospe por entre dentes manchados de sangue de um inocente que apenas queria um pouco de afecto iludido por um beijo doce enfeitiçado por um amor às escondidas.
Demónio louco, de duas caras, que me fizeste ter prazer como nunca, rasgas-te por dentro, arranhaste-me por fora, na cegueira que me fugia por entre as mãos, a cegueira que eu queria ter…

A ESPERANÇA…

(Sem dia certo…)

Um pássaro veio ter comigo, pousou na minha mesa e comia as migalhas que eu deixava cair de propósito. Olhei para ele e disse-lhe:

“Fazias-me voar, acreditava mesmo que o conseguias fazer…”

Resmunguei…afinal não era mais do que um pássaro procurando sobreviver.
Aquele pássaro estava a ficar gordo de tanto carinho que lhe estava a dar, fiz um gesto com um dedo e ele voou.
Algo mantinha-me quente interiormente, as palavras às vezes não saem com facilidade, muitas das vezes saem lentamente, mais lentas que a nossa expiração, (como uma injecção letal) eu já não sabia qual era a cor da “Jóia”, já nem sabia sequer se era uma “Jóia”que chorou a conta gotas e mesmo tendo o sabor das lágrimas na minha boca, fiquei sem saber se eram lágrimas de despedida sentida ou se eram lágrimas de satisfação por eu partir… Não me enganei, eram lágrimas secas com um sabor amargo, se fossem doces tinha-me pedido para as engolir, só que era como engolir um veneno de perdão, um perdão sem perdão.
No dia seguinte achei a chave para sair da loucura que era incontrolável. Alguém me disse, que a vida estava ao virar da esquina e que, se começasse a andar sem olhar para trás, num passo acelerado, iria descobrir que o novo Mundo estava para lá dessa curva.
Há coisas que já não faziam sentido, razões que já não eram razões, eram apenas destruições de um ser que precisava de voar, se libertar de uma fantasia…
Ouvi uma voz:

“Vai louco, Homem, corre, a vida espera-te!...outra fantasia te espera”

É verdade, tudo não foi mais do que uma fantasia…já nem acredito que um dia foi verdade!...murmurei em silêncio:

“Não era só o meu corpo a matar a sede, a alma era lavada, o espírito se elevava…hoje as necessidades são as mesmas.

Texto de Tó Luís para a pintura: “Uma Jóia, Um Demónio e uma Esperança”, qualquer semelhança é pura coincidência.
2010


CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XIV

PINTURA EM PROJECTO

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XV

PINTURA EM PROJECTO

SIMBOLOGIA DA EXPANSÃO: RAÍZES

EXPANSÃO: RAÍZES

A expansão: Raízes do projecto: “Crónicas de um Labirinto 2008 /09”, funciona como um lado espíritual de um projecto, onde o sentido da vida é a sua essência.

A Natureza e a Meditação na expansão Raízes
A natureza é de facto a vida, o que nos faz acreditar numa força divina e, sem dúvida, é o expoente máximo daquilo a que chamamos harmonia. Tal como a nossa vida, também a natureza é quebrável e, de um momento para o outro, tudo pode mudar. Nada é perfeito e nem mesmo a natureza escapa a essa máxima, porém há momentos que se aproximam da perfeição, breves instantes em que algo inexplicável acontece quando se liga a sua vida e cor à nossa intimidade, tornando a natureza na nossa morada perfeita. A meditação é o pão diário do sábio e, em conjunto com a morte mística, é o meio definitivo para o despertar da consciência, quando este despertar da consciência se faz, conseguimos perceber o aspecto vazio de cada coisa e, se conseguirmos aliar este polo positivo da meditação com a natureza, vamos encontrar algo de bastante poderoso, a nossa liberdade espirítual, porque o vazio é isso, o que não tem nome... isso que é o Real... isso que é a verdade e que alguns chamam de Tao, outros Zen...Alá…ou Deus, não importa como se lhe chame.O homem que desperta a consciência experimenta a tremenda verdade de que já não é escravo e pode verificar que no seu interior há tanta vida. A Expansão, Raízes trás em mim essa liberdade…

AS PINTURAS

As Pinturas da Expansão: Raízes do Projecto: “Crónicas de um Labirinto”, são compostas por 16 obras, que retratam as estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Todas as 16 pinturas, foram realizadas e numeradas com intuito de oferta pessoal. A ideia base desta oferta foi sem qualquer tipo de escolha das pessoas, pois neste projecto foram estas, num outro projecto serão outras. É com satisfação que ofereço estas pinturas da expansão Raízes do Projecto: “Crónicas de um Labirinto”, a pessoas que não têm obras minhas em sua posse, sendo assim eu alargando as minhas ideias por muito mais gente, pois a amizade é importante num Mundo de hoje movimentado por tantos problemas no quotidiano e em que o teor desta Expansão: Raízes, “A Natureza e a Meditação”, é sem dúvida umas das maiores liberdades que o Homem pode ter.


Tó Luís – 2009

EXPANSÃO: RAÍZES - PRIMAVERA

EXPANSÃO: RAÍZES I - 50 x 60 - 2009 - Colecção Particular
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EXPANSÃO: RAÍZES II - 50 x 60 - 2009 - Colecção Particular
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EXPANSÃO: RAÍZES III - 50 x 60 - 2009 - Colecção Particular
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EXPANSÃO: RAÍZES IV - 50 x 60 - 2009 - Colecção Particular

EXPANSÃO: RAÍZES - VERÃO

Pintura Nº 5 - 6 - 7 - 8
Em Projecto

EXPANSÃO: RAÍZES - OUTONO

Pintura Nº 9 - 10 - 11 - 12
Em Projecto








EXPANSÃO: RAÍZES - INVERNO

Pinturas Nº 13 - 14 - 15 - 16
Em projecto

PREÇARIO

Projecto: Crónicas de um Labirinto

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XII (Olhos Vermelhos)
140 x 60 - 2009 - 550.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO XI (O Sabor da Mónica)
90 x 90 - 2009 -

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO X (Amor Imperfeito & Amor Belo)
90 x 90 - 2009 - Colecção Particular

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO IX (Prima-Vera e o Baile da Alegria)
90 x 100 - 2009 - Colecção Particular

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VIII (Adão & Eva e a Idade do sexo)
100 x 100 - 2009 - 550.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VII (Olha para Ti e Diz-me o que Vês)
100 x 100 - 2008 - 700.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VI (A Chave do Jardim)
120 x 80 - 2008 - 650.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO V (O Menino do Chocolate Derretido)
130 x 70 - 2008 - 500€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO IV (Encontro Ocasional com o Sr. Roxo)
100 x 80 - 2008 - 450.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO III (A Esperança Misteriosa)
90 x 90 - 2008 - 450.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO II (O Milagre do Velho Sábio)
130 x 70 - 2008 - 500.00€

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO I (Janelas do Ideal do Sonho numa Paixão Inocente)
100 x 70 - 2008 - 400€

As pinturas da Expansão: RAÍZES, pertencem a particulares

CONTACTOS

Contactos e Tó Luís na Web:

PINTAR A VIDA COM ARTE
http://pintaravidacomarte.blogspot.com/

Galeria de Arte, PINTANDO A ALMA
http://pintandoaalma.blogspot.com/

Projecto: SOPRO DA VIDA – Dez 2007 / Jul 2008
http://projectosoprodavida.blogspot.com/

Projecto: CRONICAS DE UM LABIRINTO – Jul 2008 / 2009
http://cronicasdeumlabirinto.blogspot.com/

Projecto: OS MEDOS – Janeiro 2010
http://projectoosmedos.blogspot.com/


MYSPACE:
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