quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO IX - Prima-Vera e o Baile da Alegria - 80 x 100 - 2009

COLECÇÃO PARTICULAR
Prima-Vera e o Baile da Alegria

A Prima-Vera

Um dia ao entrar na escola de pintura, fiquei na sala de espera aguardando alguém que se dirigisse a mim para uma breve apresentação e, para meu espanto, quando esperava por uma pessoa madura, aparece uma cara jovem e sorridente a dizer-me que era a professora…ok!
Sorri…a minha experiência diz-me que o profissionalismo não está na idade mas sim na capacidade de empenho.
Vamos nessa!...Vera Bettencourt!

As aulas seguintes tornaram-se momentos de grande interesse e de crescimento artístico e foi com essa base que cheguei a esta pintura, “Prima-Vera e o Baile da Alegria”, para divulgar um olhar sobre uma pessoa, dizer que esta pessoa formada em Belas-Artes tem uma personalidade forte e bastante sensibilidade que transportam um infinito de emoções para a tela.

O Baile da alegria

A minha escolha como motivação para dar sequência ao projecto “Crónicas de um labirinto”, recaiu desta vez numa pessoa da actualidade, a minha amiga, Vera.
Com esta pintura segui as normas impostas por mim, que é os troncos significarem a “VIDA” e as “CORES” a simbologia da parte emocional.

Esta minha pintura diria que é uma nuvem de alegria e de bem-estar, é um sorriso de contentamento a pensar na pessoa a quem eu a dedico.
Os troncos como simbologia da vida são os diferentes caminhos percorridos, intercalados por verdura vasta que significa a alegria e a esperança.
Os pássaros são a minha homenagens às personagens criadas pela Vera nas suas obras, é uma família de pássaros dançando na Primavera, selando a união entre criaturas de diferentes espécies criadas pela Vera.

As obras da Vera na minha fase conhecedora.

Todas as criaturas dos seus contos estão envolvidas num manto de comédia, com narração salpicada de perguntas e de respostas por parte de animais e insectos, onde a base sentimental é, na minha opinião, a inocência e o atrevimento por parte das personagens criadas na tela que se transformam numa empatia sem rodeios, com grande capacidade de divertimento.
Para mim, estes contos transportados para a tela cativam-me pelo seu conteúdo emocional que sem dúvida é a base fundamental da artista ao dar emoção às pinturas com histórias de razões e contradições.
Esta minha amiga dá vida às suas obras.

Ser Artista, algures por cima do Arco-Íris.

A ambição e o empenho não tem limites e, desde que a abordagem seja a mais honesta, podemos tirar todo o proveito e o máximo dividendo que são uma mais-valia para qualquer pessoa
Naturalmente o ser humano não vive só e para a construção de algo em que se acredita é necessário também o empenho de outros. Não é clicar os dedos e já está! Tudo tem princípios de aprendizagem e bases como uma personalidade forte, simpatia e respeito que se juntam num rumo dirigido ao reforço da vontade de fazer mais e melhor, tal como diz a “velha” canção do filme “O Feiticeiro do Oz”…”Somewhere over the rainbow”, algures por cima do Arco-Íris está uma nova ideia para uma futura pintura.
Há que acreditar e a Vera, acredita, pois qualquer um pode pintar quadros, mas só pintores podem transformá-la em sentimentos vivos, porque os melhores trabalhos são feitos por quem tem amor pelo que faz, e a satisfação dá mais um estímulo para pintar não só um quadro, mas o quadro ideal.

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