quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CRÓNICAS DE UM LABIRINTO VII - Olha para ti e Diz-me o que Vês - 100 x 100 - 2008 - 700.00€

Olha para ti e Diz-me o que Vês

Se olhares ao teu redor serás capaz de perceber que o hoje é somente o que se vive. Quem és tu?
O que eu proponho com esta pintura é um olhar interior, olharmo-nos num espelho e vermos a nossa imagem mas em vez da exterior, a interior…
Li um texto em que a autora propunha que todas as pessoas deveriam buscar dentro de si um "projecto oculto", ou seja, aquela mudança que nos faria mais felizes, e que ela afirma estar dentro de nós. Só falta ir ao encontro dele. De facto, todos nós passamos a vida fazendo buscas, cada um a sua, ou cada um com vários tipos de busca, seja na estabilidade financeira ou na realização profissional, Também há aqueles que preferem ter a convivência de suas famílias, e acabam abrindo mão de algumas lutas, ou de alguns sonhos. E também chega um dia... O que eu deixei de realizar? Todos nós escolhemos um caminho, e vamos seguindo, seguindo e seguindo até que vem a questão, o que já realizamos de bom? Será que e um dia, sentem que falta algo? O que ficou para trás? Nada? Impossível! Não podemos abraçar o mundo com as mãos. Nem sempre podemos alcançar tudo o que queremos e quando queremos. Não digo que não devamos buscar a realização de sonhos. Não! Sonhos são um incentivo para que caminhemos e busquemos o novo para nós.
“Recuando no tempo há 2 anos atrás “
Uma manhã como tantas outras, caminhava eu pela Av. Roma em Lisboa, em direção ao meu emprego quando presenciei um suicídio. Alguém que aparentava andar na casa dos 50 anos, saltou dum 6º andar e caiu uns 5 ou 6 metros á minha frente. Foi fulminante, fiquei paralisado, nem sei bem porquê. A única explicação para a minha reação foi a palavra “choque”, e perguntei-me: que força interior pode levar a um acto assim, qual a dimensão de um sentimento, qual o impulso para tal passo? A vingança do suicida é a maior de todas, porque ninguém pode discutir com um morto, sobre esse grito, calado, não dialogado”, interessante não é…Uma das observações que devíamos fazer a nós próprios ao acordar de manha era uma auto-questão, a razão da nossa passagem por este mundo e murmuramos em silêncio (Sorri mesmo que seja um sorriso triste, porque por mais triste que um sorriso “ triste” é a tristeza de não saber sorrir.), li isto algures!...e quem sabe se não é um estimulo para o resto do dia, sorrir faz bem…
Esta pintura tem como simbologia aquilo que na maioria do tempo fazemos, que é , não olharmos para dentro de nós e não questionamos as nossas fraquezas e defeitos.
A vontade de acabar com um problema que muito incomoda, não é vontade de morrer e sim vontade de estar livre de tudo que o incomoda. A vontade de mudar o contexto da própria vida e não conseguir, “se não se puder destacar pelo talento que se vença pelo esforço."Dave Weinbaum

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